11 de mai. de 2011

Cuidado quando elas se calam


Mulher fala muito. “Porque não te calas”, pensam os homens, às vezes.  Qual pode ser o significado de determinados comportamentos não verbais para cada gênero?
Determinados homens reclamam não só do poder da comunicação feminina como de algumas posturas entendidas como arrogantes por parte delas, como por exemplo, quando acham que uma mulher está de “nariz em pé”.  Sabemos que algumas expressões, podem mexer com alguns conceitos culturais e trazer à tona a ponta de um iceberg. Como esta: “se ela está de nariz em pé é porque está se achando..”, e, ela podia estar só de bem com a vida naquele momento. Porém, quando uma mulher ouve esta crítica de um homem, pode se remeter quase que inconscientemente para a humilde condição de “senhoras de Atenas”. Aquelas que escondiam suas virtudes e belezas.
Acontece que as mulheres de hoje não querem permanecer por muito tempo nesta condição e, logo “levantam, sacodem a poeira e dão a volta por cima”. Isto que dizer que com o poder da emoção e comunicação, características significativas do gênero feminino, elas estão cada vez passando por três estágios bem definidos antes de dar a volta por cima.
Quando elas identificam os conflitos nas relações com seus homens (companheiros, filhos, colegas) primeiramente AVISAM, notificam, mostrando com atitudes sutis (carentes, tristes ou carinhosas e servis) suas chateações e incomodações. Não obtendo atenção passam para o segundo estágio, começam a RECLAMAR, discutir constantemente a relação, falando explicitamente nos problemas e pedindo a ajuda dele para as mudanças. Essa fase, às vezes, longa, mas a mais importante, necessária e a que mostram a existência do sentimento presente. É o famoso “brigar pelo que ainda se quer”. Onde se busca as mudanças para que a relação amadureça através da renovação de valores. É o espaço de “parar-ouvir-discutir-reformular”. A ajuda profissional (terapia, consultoria) é um dos recursos que podem surgir neste momento para dar fôlego a essa relação. Porém, quando a mulher percebe que suas investidas não tiveram retorno, quando elas dizem: “cansei de falar; nada muda”, então elas CALAM. Param com os discursos, passam momentaneamente por mulheres de Atenas, e, começam lentamente a construir suas revoluções internas. E é aí que mora o perigo. Reclamar demais é chato e cansa quem ouve, mas calar... A medida está na dosagem de quem reclama e de quem ouve a reclamação. A duvida esta no efeito que o eco fará dentro de quem ouvia e quem agora cala.