Nossa vida é um espelho de nossas ações? Quanto
nosso destino pode depender de como conduzimos nossa vida? Grande parte das
pessoas acredita que a responsabilidade do que acontece com elas não depende,
na maioria das vezes, delas mesmas. Em parte até pode ser, mas onde ficam
nossas escolhas? Escolhemos os
imprevistos? Tudo tem os dois lados, o
nosso, o como e de quem escolhemos conviver.
Pois às vezes tudo esta muito bem até os imprevistos
colocarem pequenos obstáculos em nossos caminhos ou quando resolvemos mudar
algo em nossas vidas para melhor.
Mudança de casa, cirurgia plástica, voltar a
estudar, uma separação conjugal ou comercial ou qualquer outra situação em que
optamos mexer no que estava funcionando “bem” para melhorar nossa qualidade de
vida. Enquanto fantasiamos e fazemos os planos para a mudança tudo são flores no
momento que partimos para a execução ai começam os questionamentos, e os medos associados
à decisão.
Outras situações são aquelas onde o destino nos impõe
mudanças, como os imprevistos – às vezes previsíveis. Invade nossa intimidade,
nosso status quo, nossos sentimentos sem pedir licença, como as doenças, a
promoção ou o desemprego, o ganhar na loteria, a chegada de um novo amor ou
mesmo a morte de alguém querido.
Por escolha ou por imprevisto toda vez que
enfrentamos obstáculos em nossas trajetórias, estes vem acompanhado de receios,
dúvidas e medos. Nesta hora dividir esta ansiedade com nossos parceiros de vida
tem papel fundamental para que possamos encarar estes temores sem covardia e
sem adiarmos este enfrentamento.
Um destes
parceiros são os amigos, eles são a família que escolhemos e optamos por
caminhar ao nosso lado. Cada amigo representa um mundo diferente dentro de nós,
e por isso cada situação que vivemos somos surpreendidos por esse ou aquele
amigo, ou seja, o que mais se identifica e pode se dedicar com aquela caminhada
ou problema. E, tem coisa melhor do que quando você olha ao redor, se sentindo sozinho e com medo e seu melhor
amigo abre a porta e chega de surpresa para pegar na sua mão? Melhores amigos
ouvem o que você não diz e fica junto sem você pedir.
A família, quase sempre, está mais consciente de como apoiar e ajudar a
superar os momentos difíceis, mas eles esperam a autorização para se
envolverem com todo o processo. Durante um tempo altamente emocional e
tenso, é fácil se perder em suas próprias emoções e sentimentos esquecendo-se
de pedir ajuda a quem está mais próximo.
Precisamos entender que nossa família está envolvida diretamente com
nossa angustia e também poderá estar se sentindo confusa de como e quando atuar
nestes momentos de conflito. Por nos
conhecerem muito bem eles são companheiros incansáveis agüentando nossas
lamentações, dores e irritações no piores momentos sabendo a hora de calar e a hora de falar.
Nós ensinamos as pessoas a como nos tratar. Nesta
hora ao invés de reclamar você aprende a renegociar seus relacionamentos para
ter o apoio que precisa. Aqui depreendemos a máxima de que é preciso tratar os outros
da mesma maneira como queremos ser tratados. Se as pessoas em nossa
vida nos tratam de uma forma carinhosa, atenciosa e dedicada é porque
provavelmente nós fazemos o mesmo com elas. Somos responsáveis por nossas ações
e relacionamentos e estes podem a qualquer momento serem redefinidos.
Portanto,
devemos tomar decisões cuidadosas para depois puxar o gatilho. Aprender que não podemos viver sozinhos. Que falar é
fácil. Que é o que você faz que determina o roteiro de sua
vida. Traduzir suas idéias, entendimentos e dividi-las
com seus parceiros irão significar ações construtivas.
Devemos usar nossa dor para sair da situação medrosa que nos encontramos e chegar
onde queremos estar. Fazer com que a mesma dor que hoje vem carregada de peso
negativo amanhã seja transformada em vantagem. Que ela seja vista como a
motivação que faltava e que precisávamos para mudar e ter qualidade a vida. Ter
a certeza de que vale a pena o risco de tomar decisões para mudar, e que os
sonhos e a nossa vida não são para serem jogados ao vento.
Meus caros, arriscar pode ser assustador, mas
valerá a pena quando olharmos para o lado e virmos que não estamos sozinhos,
que conseguimos construir a nossa turma nesta caminhada tortuosa e gostosa que
é viver. E que ali sempre estarão eles: nossa família, amigos e amantes.